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HAC participa de audiência pública na Câmara dos Deputados em Brasília para discutir nova política de combate ao câncer


17 de maio de 2024

O Hospital Amaral Carvalho foi uma das sete instituições do país convidadas para participar de audiência pública realizada no último dia 15 de maio em Brasília, que tratou da regulamentação da nova Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no Sistema Único de Saúde, quando foram discutidas ações para a pesquisa e prevenção da doença, com ênfase no HPV, vírus causador de vários tipos de câncer, entre eles o de colo de útero.

A diretora de Desenvolvimento em Saúde do HAC, Cristina Moro, foi uma das convidadas principais da audiência, cujo tema foi “Regulamentação Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no Sul, com ênfase na pesquisa oncológica e prevenção do HPV e a tecnologia da informação como aliada”.

“A lei que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no SUS e o Programa Nacional de Navegação chegam num momento muito importante, após a pandemia da COVID-19 pelo fato de hoje, as pessoas acometidas pelo câncer chegam com muita demora no diagnóstico e encaminhamento para tratamento. Hoje, nós, que trabalhamos na ponta, no dia-a-dia do hospital, temos a infelicidade de receber os pacientes com diagnóstico e estadiamento avançados e com muita dificuldade de cura, quando eles chegam já num estágio tão avançado. E os objetivos da lei são claros e precisos: diminuir a incidência do câncer, aumentar o acesso aos pacientes, aumentar a qualidade de vida e diminuir a mortalidade”, disse na abertura de sua exposição.

Durante sua apresentação, que foi na modalidade virtual, Cristina Moro apresentou o trabalho desenvolvido há mais de 25 anos pelo Programa de Prevenção do Câncer Ginecológico do Hospital Amaral Carvalho, que, ao longo de todos esses anos, vem obtendo resultados significativos na prevenção do câncer de colo de útero, com a redução no número de casos e de mortes desse tipo de câncer entre as mulheres do município, e que pode servir de exemplo a ser implantado pelo SUS em todo o país.

“O Futuro Sem Câncer, como é chamado o nosso programa, já tem mais de vinte e cinco anos e nós trabalhamos durante todo ano em parceria com escolas públicas e privadas do município e também com postos de saúde. Esse programa leva educação, orientação e capacitação para toda essa população e também realizamos o rastreamento através da coleta do papanicolau. Só no ano passado, nós fizemos vinte e quatro mil exames em mulheres na faixa etária elegível para o exame e conseguimos uma cobertura de mais de cinquenta por cento nessa população feminina. Com isso, nós avaliamos a detecção precoce da doença e iniciamos mais rápido o tratamento, conseguindo reduzir em quarenta por cento a mortalidade por câncer de colo de útero no município de Jaú, Então, isso mostra que implantar essa lei certamente irá trazer resultados positivos”.

No final da apresentação, Cristina Moro mostrou as sugestões para que o programa tenha os resultados esperados pela população.  “Precisamos especializar os recursos humanos, qualificar a assistência e chegar na educação permanente, com destaque na atenção básica, que é um foco muito importante para que possamos implementar a lei. Nas escolas, as crianças e adolescentes podem receber palestras. Nos postos de saúde, os pacientes têm contato com os agentes de saúde. Destaco ainda a importância de parcerias como a nossa, e a Comissão de Saúde da Câmara apoiando os hospitais nessas iniciativas, porque o resultado é visível e favorece a nossa sociedade”, finalizou.

 

Anexos
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