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11 de Abril de 2019
Quem já tratou ou está em tratamento de alguns tipos de leucemia e de tumores sabe bem o que ele representa. O medicamento com o princípio ativo mesilato de imatinibe, hoje encontrado em alguns nomes comerciais, é considerado umas das principais drogas usadas pelos médicos para inativar uma enzima (Bcr-Abl tirosinoquinase) que é responsável pelo desenvolvimento da leucemia mieloide crônica (LMC) e capaz de inibir o crescimento das células leucêmicas. O imatinibe também inibe a proliferação e induz a morte das células tumorais do GIST – tumor estromal gastrointestinal.O mesilato de imatinibe foi introduzido no mercado em 2001 pelo laboratório Novartis com o nome Glivec e até o ano de 2011, os hospitais de referência em tratamento de câncer podiam comprar o medicamento e depois repassavam os custos para o Governo Federal. Mas, a partir do final de 2011, por meio de um decreto do governo daquela época, o medicamento imatinibe passou a ser de aquisição centralizada pelo Ministério da Saúde(MS). Quer dizer: a partir desta data, apenas o Ministério da Saúde pode fazer a compra e enviar para as secretarias estaduais de saúde de todo o país. O processo é longo: primeiramente, os hospitais especializados em tratamento de câncer de todo o país enviam ao MS uma planilha com os nomes dos pacientes e suas respectivas quantidades suficientes para o atendimento mensal. Após receber todo esse volume, o Ministério da Saúde calcula a quantidade necessária e faz a tomada de preços. Apontado o vencedor da licitação, formaliza a compra e aguarda o recebimento do remédio. Ao receber o lote integral, faz a divisão e encaminha os lotes para as secretarias de saúde de cada estado. Depois disso, ainda tem o processo no estado de origem, que é o envio, via transportadora, para cada hospital que vai receber o medicamento. Quando chega nas unidades hospitalares, o lote é conferido e só depois de checadas todas as normas de segurança, o medicamento é distribuido aos seus pacientes. Num processo longo como esse, embora injustificáveis, às vezes ocorrem atrasos, que acabam causando transtorno e preocupação aos pacientes. Embora não tenha nenhuma parcela de responsabilidade nesses atrasos, o Hospital Amaral Carvalho está atento ao problema e se baseia em estudos internacionais sobre a descontinuidade do imatinibe nos tratamentos da Leucemia Mieloide Crônica, Leucemia Linfoblástica Aguda cromossoma Philadelphia positivo e do Tumor de Estroma Gastrointestinal (GIST) para orientar e prestar todas as informações aos seus pacientes. E monitora incansavelmente a chegada do medicamento na Secretaria da Saúde, para já adiantar os procedimentos de dispensação aos seus pacientes, de forma a liberar-lhes a medicação no ato de seu recebimento. As equipes médicas da onco-hematologia e a farmacêutica responsável estão avaliando cada caso e providências internas estão sendo tomadas para evitar prejuízos aos nossos pacientes até que o processo do fornecimento do medicamento seja normalizado.Fernando Schwarz

Anexos
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