Maio Cinza: HAC promove a conscientização e prevenção contra o câncer cerebral
2 de maio de 2024
No mês de maio, o Hospital Amaral Carvalho promove a campanha do Maio Cinza, que visa a conscientização sobre o câncer cerebral. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) inclui o câncer cerebral e da medula espinhal como tipos de câncer do sistema nervoso central (SNC). Para o Brasil, entre 2023 e 2025, a previsão é de 11.490 novos casos da doença. Sem contar tumores de pele não melanoma, o câncer do SNC é o 11º tipo de câncer mais comum. Segundo os dados do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) do Hospital Amaral Carvalho, durante o período de 2000 a 2022, foram registrados 807 casos novos de câncer cerebral, ocupando a 25ª posição dentre os tipos tratados pelo HAC.
As causas do câncer do cerebral ainda estão sendo estudadas, mas sabe-se que a doença é multifatorial, resultando de várias alterações genéticas. Algumas são adquiridas por predisposição ou exposição durante a vida, enquanto outras são hereditárias e associadas a síndromes familiares, como a neurofibromatose.
Os fatores de risco conhecidos para o câncer do SNC incluem exposição a radiação ionizante, imunodeficiência, seja por HIV ou medicamentos que suprimem o sistema imunológico e evidências sugerem que excesso de gordura corporal aumente o risco de meningioma.
Os sinais e sintomas a serem observados incluem: perda de funções neurológicas, dores de cabeça, náuseas e vômitos, convulsões, dificuldades de equilíbrio, visão turva, mudanças de comportamento e sonolência excessiva ou coma. Esses sintomas não significam necessariamente câncer, mas devem ser avaliados por um médico, especialmente se persistirem por vários dias.
O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento o quanto antes. Pode ser feito por exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, em pessoas com sintomas suspeitos (diagnóstico precoce), ou por exames periódicos em grupos de risco (rastreamento). O diagnóstico envolve entrevistas com a família, exames físicos e, principalmente, exames de imagem como Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM).
Para quem tem histórico familiar de câncer do SNC, é importante manter consultas regulares e exames, especialmente se surgirem sintomas, e pacientes que já passaram por tratamento devem continuar com acompanhamento médico para detectar possíveis recidivas. Para prevenção, recomenda-se evitar o tabagismo e manter exames ginecológicos (para mulheres) e urológicos (para homens) em dia. A detecção precoce é uma das melhores estratégias para aumentar as chances de um tratamento bem sucedido.