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Março Lilás: Lutando contra o Câncer do Colo do Útero

4 de março de 2024

Nesse mês de março, a cor lilás assume um significado especial, lembrando-nos da batalha que muitas mulheres enfrentam contra o câncer do colo do útero. Uma doença que não apenas ameaça a fertilidade, mas também a própria vida. Causado pelo vírus HPV, transmitido sexualmente, esse tipo de câncer é potencialmente curável quando detectado em estágios iniciais.

Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo do útero é o terceiro tumor maligno mais comum entre mulheres (após o câncer de mama e colorretal), e a quarta principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil, excluindo o câncer de pele não melanoma. No Hospital Amaral Carvalho, referência nacional do SUS para tratamento do câncer, no período de 2017 a 2021, foram registrados em média 345 novos casos por ano, com mais de 50% ocorrendo em mulheres com idades entre 25 e 44 anos, sendo o câncer de colo do útero o segundo tumor maligno com maior incidência, excluindo-se o câncer de pele não melanoma, segundo os dados do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) do Hospital Amaral Carvalho.

O que as mulheres podem sentir?

O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal, dor durante a relação sexual, dor abdominal e queixas urinárias ou intestinais.

Como prevenir?

Existe uma fase pré-câncer que pode se estender por até dez anos, período durante o qual as mulheres podem se submeter ao teste de Papanicolaou, um exame de rastreamento fundamental. No entanto, existem maneiras de prevenção na luta contra o câncer do colo do útero. A vacinação contra o HPV, disponível gratuitamente nos postos de saúde, é uma delas, sendo destinada a meninos e meninas entre nove e 14 anos, com duas doses administradas num intervalo de seis meses. Além disso, o uso de preservativos em relações sexuais, especialmente com parceiros eventuais, é fundamental para evitar a contaminação.

Quem deve fazer o exame preventivo?

O teste de Papanicolaou, ou exame preventivo, é outra ferramenta crucial disponível na rede pública de saúde para todas as mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram relações sexuais. O tratamento e o acompanhamento adequados em caso de qualquer alteração neste exame também são essenciais para evitar o câncer do colo do útero. “É fundamental manter os exames e cuidados em dia e compartilhar essas informações com todas as mulheres, de todas as faixas etárias. Essa é uma batalha que precisa ser vencida para garantir a saúde e o bem-estar de todas”, ressalta a médica ginecologista do HAC, Lenira Mauad.

Faça seu exame preventivo no HAC

O Programa de Prevenção do Câncer Ginecológico do Hospital Amaral Carvalho (HAC) oferece exames gratuitos de Papanicolaou há mais de 25 anos e continua desempenhando um papel crucial na detecção precoce e tratamento do câncer do colo do útero.

O exame é bem simples e rápido e tem o objetivo de detectar alterações nas células do colo do útero que possam se tornar um tumor. Quem precisar passar por atendimento deve agendar horário pelo telefone (14) 3602-1241.

Além disso, durante o atendimento, são identificadas mulheres de risco para o câncer de endométrio e da vulva, posteriormente encaminhadas para atendimento médico e exames complementares como ultrassom transvaginal e videohisteroscopia. “A prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais na luta contra o câncer do colo do útero”, afirma a ginecologista Lenira Mauad.

Anexos
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