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13 de março de 2020
Neste mês é celebrada a campanha Março Marinho, de prevenção do câncer colorretal. A doença, também chamada de câncer de intestino, é causada por células tumorais originadas na mucosa intestinal e atinge regiões do cólon, reto e ânus. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), neste ano, devem ser diagnosticados 41 mil novos casos da doença no Brasil. A pesquisa aponta ainda a incidência do câncer colorretal em 9,1% da população masculina, sendo o segundo mais frequente, atrás somente do câncer de próstata. Já entre as mulheres, os casos devem representar 9,2% do total de incidências, atrás apenas do câncer de mama. Ambos os dados desconsideram números do câncer de pele não melanoma, o mais comum entre os brasileiros.O proctologista do Hospital Amaral Carvalho, Luiz Angelo Bortolai, afirma que a campanha tem o objetivo de informar a população sobre a doença para que o atendimento seja rápido. “Em décadas de serviço, muitos pacientes chegam em estágio avançado, apenas para procedimentos paliativos. Se o diagnóstico for feito precocemente, as chances de cura são muito grandes.”O médico avalia que a inexistência de sintomas no início do desenvolvimento da doença é o principal motivo para a demora no diagnóstico. “Sabemos que para uma prevenção efetiva, o ideal é a colonoscopia. Pelo menos uma vez para saber se tem lesões pré-malignas. Tem também o teste de sangue oculto nas fezes, que pode ser o início de investigação”. Mesmo com exames, a recomendação é ficar atento às alterações do hábito intestinal. Cólicas, dores pelo abdome, sangramento e diarreia podem ser sintomas de câncer colorretal. “Os sintomáticos precisam ser atendidos e investigados para ter certeza do que está acontecendo”, afirma.Fatores de risco Assim como outros tipos de câncer, fatores psicossociais e alimentares, como obesidade e sedentarismo, são considerados de risco para o aparecimento de tumores colorretais. Além disso, o uso de tabaco, a ingestão de bebidas alcoólicas e o consumo excessivo de carnes vermelhas e embutidos também podem aumentar a possibilidade de desenvolver o câncer. No entanto, Bortolai avalia que o principal fator de risco é genético. “Existe uma doença, chamada polipose familiar do cólon, em que aparecem pequenas lesões benignas que têm um potencial de malignização.” Segundo o médico, pessoas com essa doença têm risco maior de câncer.TratamentoO tratamento realizado no Hospital Amaral Carvalho é feito de forma multidisciplinar, entre cirurgião, fisioterapeutas e psicoterapeutas, aliado à radio e quimioterapia. “Geralmente, o caso é cirúrgico e tira-se o órgão doente ou parte dele”, completa.
Estela Capra

Anexos
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