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27 de maio de 2014
Há mais de 13 anos, o Hospital Amaral Carvalho (HAC) conta com uma equipe superespecial que contagia de amor e felicidade os corredores e setores por onde passa: o grupo de voluntários Remédicos do Riso. Os doutores de narizes vermelhos, jalecos e meias coloridas realizam visitas semanais aos pacientes e seus acompanhantes e interagem com eles por meio de música, números de mágica e trapalhadas.Rogério Fabre, um dos coordenadores do grupo, conta que o objetivo dos voluntários é evidenciar o que os pacientes têm de bom, interagir com eles e proporcionar o bem-estar do doente durante a atuação.Atualmente, a equipe é composta por 60 pessoas, trabalhadores e donas de casa que disponibilizam algumas horas durante a semana para alegrar o ambiente hospitalar. “O comprometimento com a proposta do grupo é imprescindível, já que ser voluntário, mesmo no papel de “doutores-palhaços”, é coisa séria”, afirma o coordenador. Troca de experiênciasPara integrar o grupo Remédicos do Riso, o indivíduo passa por um rigoroso processo que inclui treinamentos específicos e oficinas de atualização ministradas por voluntários, profissionais das áreas de artes cênicas, psicoterapia corporal, musicoterapia, psicologia e motivação.De acordo com João Alberto Rosin, que também coordena o grupo, o trabalho do palhaço no ambiente hospitalar consiste em improvisar, com todo o cuidado e embasamento técnico que é desenvolvido nos treinamentos.Em 2011, para promover a troca de experiências entre grupos de clowns (palhaços), além de estimular cada vez mais pessoas a desenvolverem trabalho voluntário, o Remédicos do Riso realizou o primeiro Fórum da Alegria em Saúde. Com maior número de inscritos a cada edição, o evento reúne pessoas interessadas em ajudar ao próximo. “Neste ano, mais de 300 pessoas participaram do Fórum, que ocorreu nos dias 16 e 17 de maio”, relata João.Vídeo e a música perfeita Para mostrar aos participantes do IV Fórum da Alegria em Saúde um pouco do trabalho que realiza no Hospital Amaral Carvalho, o grupo produziu um vídeo. No entanto, a surpresa não está apenas nas imagens que captam reações das crianças e outros pacientes ao interagir com os voluntários, mas também na trilha sonora. Suas Meias Coloridas é o nome da música cujos direitos autorais foram gentilmente cedidos ao HAC pelo seu compositor, Luciano Penedo, para ser utilizada no vídeo. O músico e professor jauense conta que a canção é de 2005, primeira faixa de uma coletânea de bandas jauenses gravada naquele ano, intitulada Subindo a Ladeira. “Considero essa, minha composição mais pessoal, e entregá-la a um grupo tão especial que é o Remédicos do Riso foi como deixar o filho na casa dos avós. Você simplesmente não precisa se preocupar. Você confia, ele estará bem, feliz e no melhor dos abraços. E é por isso que, ceder os direitos a eles era o meu dever”, brinca Luciano.O músico comenta que, a partir de agora, a canção deixa de ser dele e ganha seu verdadeiro significado: mostrar às pessoas que a felicidade está nos pequenos detalhes, e fazê-las entender que podem levar essa felicidade aos outros com pequenas, porém grandiosas, atitudes. Confira o vídeo: http://youtu.be/_qiYW10lUBU.
Ariane Urbanetto



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