RCBP
O Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) coleta dados de uma população específica (com diagnóstico de câncer) em uma área geográfica delimitada. Dessa maneira, os RCBPs funcionam basicamente como fonte de informações para o estabelecimento de prioridades nos programas de prevenção, planejamento e gerenciamento dos serviços de saúde.
Estes registros fornecem informações permanentes sobre o número de casos novos de câncer na área territorial delimitada, detectando setores onde a população local é mais afetada pela doença e também quais fatores ambientais podem estar relacionados, identificar grupos étnicos afetados e realizar investigações epidemiológicas e estudos específicos.
A importância desse levantamento se dá em função da complexidade do câncer, que possuí características multifatoriais e, portanto, demanda estudos criteriosos, complexos e minuciosos para compreensão adequada dos mecanismos que envolvem seu surgimento e evolução. Nesse aspecto, estatísticas sobre epidemiologia do câncer permitem obter informações sobre o número de casos (morbidade) e a mortalidade, possibilitando o planejamento de ações para seu controle (prevenção, diagnóstico precoce e tratamento).
Além disso, a utilização de normas e recomendações feitas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC), permitem que as informações geradas por eles possam ser comparadas entre si e com isso, contribuir para a melhoria da qualidade das informações.
Em JaúAs atividades do RCBP – Jaú iniciaram-se em agosto de 2006 com a celebração de convênio de cooperação entre a Prefeitura Municipal e o Hospital Amaral Carvalho. Inicialmente o projeto estabelecia a coleta dos casos novos de câncer diagnosticados a partir de janeiro de 2005. Porém, como na época, o sistema desenvolvido pelo Inca (SISBASEPOP) ainda não estava preparado para cadastramento dos casos desse período, em razão da entrada em vigor a partir de janeiro de 2005, da 3ª edição da Classificação Internacional de Doenças para Oncologia (CID-O), decidiu-se iniciar a coleta dos casos novos diagnosticados a partir de janeiro de 2000.
Com a disponibilidade de arquivos do Amaral Carvalho, Irmandade Santa Casa de Jaú e laboratórios de anatomia patológica da cidade, foi possível registrar casos de 1996 a 1999, do município.Atualmente, o RCBP – Jaú possui acervo consolidado de 1996 a 2012 e três publicações: em 2008, foram divulgados dados de 2000 a 2004; em 2010, de 2005 a 2009; e em 2015, de 1996 a 1999 e 2010 a 2012.